sábado, 25 de fevereiro de 2017

CATÓLICOS DEPEDRAM A ASSEMBLEIA DE DEUS

A lição da escola dominical da CPAD trás na  contra capa  o slogan 2017 o ano da palavra, anunciando que dia 31 de outubro o mundo cristão se lembrará dos 500 anos desde que Lutero rompeu com a igreja católica. E baseado nisso, tive o conhecimento de o livro lançado em junho de 2016, que mostra a realidade vivida por pastores  que foram perseguidos por católicos.



Este  caso é narrado com riquezas de detalhes neste livro com titulo  Entre Rosas e Espinhos: biografia do pastor Antônio Rosa da Silva. Rosa na época (1962) era um jovem obreiro e estava noivo com casamento marcado. O trabalho do futuro pastor era levar capas para realização do batismo em águas em Santana.
No domingo pela manhã, quando os crentes ainda estavam na igreja, a turma se aglomerou na frente do templo. Gritando "Viva a senhora Santana, viva!" ou "Viva o padre Cassimiro!", a multidão armada com facas, porretes e armas de fogo, avançou enfurecida clamando "Fora com o pastor! fora com os protestantes!".

Segundo o que esta escrito no livro , o "padre com sua batina preta balançando, saltava no chão com tanto ódio dos crentes". As portas do templo foram rapidamente fechadas. Mas pelas janelas, pontas de faca eram jogadas. "De repente, uma pedra atravessou a nave do templo ao púlpito" e por pouco não atinge no rosto o evangelista Antônio Rosa.
Liderados pelo padre, mas com a intermediação de um Juiz de Paz, a multidão deu um prazo de alguns minutos para que os crentes saíssem do templo. Assustados, os assembleianos conseguiram com muita dificuldade sair da igreja. Logo que deixaram o templo, os fanáticos quebraram tudo o que viam pela frente. A casa pastoral foi depredada por completo.

Tamanha confusão, além de ser destaque nos jornais do Rio, causou problemas para a imagem da Igreja Católica na região, pois o padre Cassimiro foi processado e tempos depois removido da paróquia. O jovem evangelista Antonio Rosa, anos depois acabou sucedendo o pastor José Alves Pimentel na liderança da AD campo de Ipatinga em Minas.

Perseguições como a relatada neste livro  ainda eram comuns no interior do Brasil nesse período. Em algumas localidades, o poder da Igreja Católica se estendia muito além da comunidade de fieis. E os tumultos contra os "protestantes" marcaram a história de muitas denominações evangélicas por conta desses embates contra fanáticos que não aceitavam outra igreja na região.

Boa história para recordar a dominação do catolicismo no interior do país e as dificuldade que viveram nossos  pioneiros por esse Brasil a fora.

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