sábado, 9 de agosto de 2014

DANIEL BERG LEMBRADO NA NOSSA EPOCA E ESQUECIDO QUANDO ESTAVA VIVO

É quase impossível contar a História da Igreja Assembleia de Deus  sem tocar no seu nome, e descrever  sua aventura de fé. Porém, muito ao contrário do que se imagina Daniel Berg o o missionário sueco, só começou a ser realmente de fato celebrado muito próximo à sua morte.

o missionário desde o começo da obra que ajudou a fundar não obteve "títulos e cargos no início e, nos anos seguintes, diversos outros suecos vão assumindo igrejas e postos na hierarquia. Para Dniel Berg, resta apenas receber uma placa em 1961. Reverenciado às vésperas da morte, mas esquecido enquanto vivo".

Mas qual seria a causa desse esquecimento? Ao que tudo indica, enquanto o trabalho ainda era incipiente na região Sudeste, sua presença e esforço eram mais que necessários, e Daniel portanto se tornava útil. Porém  o mesmo não era nenhum teólogo,  ou grande administrador como alguns podem pensar. Desde o início em Belém, Berg trabalhava durante o dia como operário em uma fundição para sustentar o amigo Missionrio  Gunar Vingren. Ou seja, já nos primórdios havia no jovem obreiro uma postura muito simples, e ele sabia das suas limitações.

Segundo alguns, mesmo após tantos anos no Brasil nunca aprendeu a falar o português fluentemente. o audio de uma rara entrevista gravada de Daniel Berg em visita à Santa Catarina confirma isso. Soma-se a isso o fato de que Berg ter ficado por 17 anos fora do Brasil, o que contribuiu ainda mais para seu esquecimento.

Como tentativa de se fazer lembrar, o velho missionário ainda na década de 1950 lança sua biografia intitulada Enviado por Deus. Detalhe: a obra não foi editada pela CPAD, mas publicada por conta do próprio Daniel. Sinal esse inquestionável de sua aparente invisibilidade. Tanto que o antigo pioneiro, Adriãno Nobre em uma carta publicada pela revista A Seara de 1957 assim se refere a situação de Berg:
Não sei como ele vive ultimamente; tive, contudo, notícias desagradáveis com relação à sua condição de vida - não tem, segundo soube, o descanso que merece, nem o conforto que lhe devemos proporcionar. Irmãos, não sejamos injustos, lembremo-nos de auxiliar o tão amado pioneiro da obra pentecostal no Brasil.
Relatos dos crentes que chegaram a conhecer o sueco confirmam seu abandono. Berg é relembrado por chegar as igreja de ônibus, vender Bíblias nas igrejas, e relatar em seu português limitado o testemunho missionário. Como bem observou Alencar, os "santos assembleianos" são muito similares aos santos católicos, pois em vida "viveram na pobreza e alijados do poder, mas, depois de mortos, costumam dar muito lucro".
Extraido do Blog de Luiz Leandro Lima

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